E quando o seu voo atrasa ou é cancelado?

28.3.15

Viajar é de fato muito bom, mas quando a gente chega no aeroporto, a vontade que dá e de chegar logo em casa, né? Pelo menos comigo é assim: eu amo viajar, amo passar um tempo fora e não importa o tamanho da viagem, mas quando chega o dia de voltar, o que eu mais quero mesmo é chegar na minha casa, no meu quarto, ver minhas coisas, enfim...

Um fato inusitado nessa minha vida de viajante aconteceu repetidamente nas minhas duas últimas viagens de avião: vôos cancelados. Sim, é verdade. E confesso que não reagi bem em nenhum dos casos. Mas algo que precisamos considerar é que imprevistos podem acontecer e precisamos lidar e administrar isso bem, até pra não estragar a viagem.

O primeiro ocorreu em Nova York. Eu sei, vocês devem estar pensando: "Ninguém quer voltar de Nova York...", o que é uma verdade. E o segundo foi voltando de Arraial d'Ajuda, no carnaval e fato é que um feriadão desses podia ser todo mês. Mas a gente se prepara psicologicamente para o momento da volta né? E a expectativa é que ela aconteça e bem.

Em Nova York aconteceu assim: 

Chegamos no aeroporto por volta das 17h, fizemos check-in, passamos pela segurança e fomos tomar o último café (no Starbucks, claro) juntos em Nova York. Nós éramos seis pessoas viajando em três vôos diferentes, mais ou menos no mesmo horário. A caminho do Starbucks, olhamos o quadro de partidas do aeroporto e as decolagens estavam confirmadas. "Maravilha", pensei eu comigo mesma. Tomamos café, comprei balas e chocolates para gastar as várias moedas que eu tinha e caminhamos rumo ao nosso portão de embarque. No trajeto, uma das amigas, que estava em outro vôo percebeu a mudança de horário do nosso avião e nos alertou. "Não é possível", pensei eu novamente.

Aí uma maratona começou: eu e Bobbie (vocês já estão quase íntimos dela - rsrsr) fomos buscar informações com vários funcionários da Cia Aérea, em diversos portões além do nosso, e todos foram categóricos: teríamos que ir até o balcão de informações da Cia para maiores esclarecimentos. "Maiores esclarecimentos? Eu quero ir pra casa!", pensei eu novamente. Mas seguimos as orientações e fomos até o lugar onde fizemos o check-in, que estava com uma fila interminável de pessoas que estavam no mesmo vôo que nós. Conhecemos um casal bem simpático que compartilhou do "momento espera" conosco, que passou rápido graças às nossas conversas e trocas de informação.

No balcão, e já passavam das 22h, nos foi explicado que o vôo havia sido cancelado, mas não tinham nenhuma informação, além de nos entregar vouchers de café da manhã e jantar, e do hotel. Ficamos hospedadas no Hilton, que fica dentro do JFK (muito bonito e confortável, por sinal) e foram dadas as orientações de como proceder a partir daquele momento: as malas permaneceriam no aeroporto em poder da Cia, como utilizar os vouchers, como chegar no hotel e fazer o check-in e o horário de retorno para o aeroporto, sabendo que a decolagem havia sido remarcada para a manhã seguinte.


Chegamos no hotel por volta da meia-noite, e como o wi-fi gratuito só estava disponível na recepção, dali mesmo contatamos as famílias para avisar do ocorrido e informar o novo horário de chegada, que seria na noite seguinte. Subimos para o quarto e dormimos umas cinco horas, para não perder o horário do transfer para o aeroporto.

Já pela manhã seguimos direto para a sala de embarque para passar novamente por todo aquele processo e fomos tomar café e ligar pra casa. Além do voucher de café da manhã, a empresa disponibilizou um café da manhã no portão de embarque, então fome pelo menos ninguém passou - rsrs. Fiz uma compras no Free Shop, e ficamos esperando o momento do tão sonhado embarque. O vôo atrasou por conta da chuva, mas às 9h35min o avião partiu rumo ao Rio de Janeiro.

Chegando no Brasil, a caminho da Imigração, uma comissária nos informou o que ocorreu: a nossa aeronave original estava com problemas técnicos e precisou ser substituída, mas os aviões-reserva ficam em Los Angeles e Boston, e por conta do mau tempo, não conseguiram chegar em Nova York. Enfim, a notícia não foi dada para não alarmar nenhum passageiro.

Em São Paulo foi um pouco diferente...

Nosso vôo de Porto Seguro para São Paulo saiu com atraso por um motivo bem simples, mas que acontece muito no Brasil: uma passageira pagou um valor diferenciado por um assento mas não foi alocada nele. Essa discussão com um dos comissários levou cerca de trinta minutos. Além disso, o mau tempo em São Paulo (as always) fez o avião taxiar por mais de 1h em Guarulhos, porque a preferência de pouso era dos vôos internacionais. Resultado: perdemos a conexão Rio x São Paulo.

Aí foi aquela confusão (brasileiro gosta né?): pessoas estressadas, os funcionários da Gol mais estressados ainda (isso eu achei estranho), mas enfim... Não tinha jeito. A atendente da Gol já estava com as novas reservas emitidas e entregou a cada passageiro e meu vôo para o Rio estava marcado 5h50min do dia seguinte. Fomos direcionados ao ônibus que nps levou até o hotel, na região do aeroporto mesmo, onde fizemos check-in, contatamos família e jantamos. O transfer sairia 
às quatro da manhã para o aeroporto então dormir foi artigo de luxo. Mas no final tudo deu certo e chegamos no Rio bem, graças a Deus!

E o que a gente aprende com tudo isso?

Gente, é claro que quando a gente planeja alguma coisa, a nossa maior ambição é que tudo aconteça exatamente da forma que planejamos, no tempo que planejamos. Mas infelizmente, na maioria das vezes (ou podemos dizer sempre?) isso não acontece.  Numa viagem, quando estamos na fase de planejamento, precisamos aprender a nos antecipar, medir os riscos, porque a gente lida com probabilidade. Imagina planejar aquele passeio lindo no Central Park, mas cair uma chuva que não deixa você sair do hotel? Aí vai ficar no hotel e perder um dia preso num quarto em Nova York? Claro que não. Acho que a palavra que define melhor essas experiências é Flexibilidade. Precisamos ser flexíveis o tempo todo, porque existem coisas que fogem do nosso controle e não podemos colocar no papel.

Então a grande dica que eu dou pra vocês é essa: sejam flexíveis. Entendam que coisas fogem da nossa capacidade de resolução e o que nos resta fazer é nos ajustar à elas para não perder nada, ou aproveitar até coisas que não foram estimadas!!!

Até mais, gente!

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